sábado, 31 de maio de 2008

Lamúria

O desperdício da vida é querer entender
Conhecer o íntimo do interior.
E até o ápice é de dor.
Estuprar o elixir.
Eu tento sempre impedir.
Para na delícia de ser vitorioso.
Historinha de lamurioso.
No fim a desilusão e o processo recomeça.
E logo o coração pede nova pressa.
Cascas no chão, gosto na boca.
Ridículo prazer mundano.
Lavar não adianta entranhou no peito.
Pressa para o fim.
Fim sem brilho e sossego.
Não, nunca mais eu digo.
Sempre sobra um fiozinho, não desligo.
Bobagem.
Tudo torna á acontecer.
E as dúvidas e os medos.
Remoendo e consumindo.
Até quando estou dormindo.
E você não existe de fato.
Você é todos.
Porque simplesmente não existe nada além de mim.
Com começo e inclusive um fim.
Cascas e despedaços em fases
Sim, é o que me fazes.
Cortando e aniquilando.
Sempre errando, mas se preciso recomeçando.
E esse mundozinho que vai entrando
Agora é pequeno como fuligem.
Queria que ainda fizesse os meus estranhos brilharem
Pra no fundo eles voltarem.
Ter aquela esperança e confiança.
A mesma da criança (sabe?)
É você num sabe.
Nem eu.
No fim tudo é igual.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

De você

Já não sei o que querer de você.
Não posso mudar teu jeito de todas as coisas ver.
Então só me resta optar pelo caminho mais tortuoso.
Quem disse que gostar não é penoso?
Você vê simplesmente o que seus olhos alcançam.
E os meus olhos não só brilham, dançam.
Mas não basta pra eu querer te gastar.
Preciso daquilo que você tem dificuldade de analisar.
A escolha não cabe ao paladar
Mas ao toque das minhas mãos, o meu dedilhar.
Vai ver eu sei perfeitamente o que quero de você.
Só resta esse caminho percorrer.
Atribuo significâncias maiores que você pode possuir.
Eu sou assim, gosto de ver especialidades sem ninguém intervir.
Sim eu sei o que você é e pode ser.
Só não sei se você poder entender.
Também não irá fazer diferença, o que basta por esse momento.
É que desse você especial se trata de um mero invento.

Solte e mostre

Solte o seu coração bem devagar
Se mostre sem descansar
Venha suave sem muito olhar.
Não se preocupe comigo, eu estou dentro de vc
É assim mesmo, vc vai ver.
Não marque passos, atos ou sorrisos
Meu desejo quer moder teu umbigo!
Seja mais que um capítulo.
Se bobear te engulo!
Minha impressão é que só venho a te assustar.
Não ligue é puro gostar.
Quero sua atitude mais exposta.
Seu jeito mais voraz e capaz.
Eu sei do que sou capaz.
Não quero fúria, nem força sem controle de pulsar.
Quero doçura na atitude de chegar.
O descontrole cabe ao tesão.
Esse, por favor perca-se, sem entensão.
Solte o seu coração devagar, mas sem descansar.
Venha pra mim pra ficar.
Se mostre pra conquistar.
Tenha certeza, vou te amar.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Outras vestes

Tô meio com outras vestes hoje.
Querendo cantar jazz na rua
Na minha ou na sua, sei lá.
Carregar meu violão pelas esquinas
Ver a reação das pessoas
Assim meio á toa.
Gargalhar suave no fim
Esquecendo uma vida supostamente ruim.
Querendo tomar café no Luke’s
Fazer piadas inteligentes.
Ser personagem, não gente.
Adotar o sobrenome Dubois ou Jones.
Entrar numa livraria e sair depois de uma semana.
Como quem tem preguiça de sair da cama.
Caminhar num campo de girassóis
Beber champagne á vontade
Pular numa piscina de bolinhas infantis
Prazeres sutis.
Mergulhar nua numa praia
Colar cacos de fotos estranhas
Como se assim desprendesse algo das entranhas.
To meio com outras vestes hoje.
Querendo ser um pouco de tudo e de nada ao mesmo tempo.
Me tornar interessante nesse pedaço de invento.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Aberto e Seguro

Te pedi pra parar uma vez.
Mas vc ta imóvel.
Quem não pára sou eu.
Não sei me permanecer.
To atrevida, inconstante.
Mas profundamente desejante.
Não quero teu julgamento.
Vai me ferir, eu sei.
Já tenho escarras suficientes.
Só preciso do teu olhar discreto.
Sussurros no ouvido.
Palavras suas são melhores que vc.
Nem queira saber o porque.
O simples faz mais efeito.
To querendo teu peito.
Aberto e seguro.

Quem irá derrubar quem?

Impressão de estar perdendo o juízo
Por vc quero me perder.
Fale pouco, mas o necessário.
E quem irá derrubar quem.
Não vou ser só o teu bem.
Vou perturbar teu jeito compenetrado.
Arrasar essa sua vontade de ver tudo arrumado.
Jogar tua razão no chão
Fazer vc rir em qualquer ocasião.
Impressão de estar me perdendo com esse tal juízo.
Por vc vale a pena correr.
Tenho certeza que vc quer não só saber
Mas ver
E quem irá derrubar quem.

sábado, 24 de maio de 2008

Na boca

Na boca têm raios de sol a sair pelos dentes
To engolindo calor vertente.
Nesta boca rosa tem fel e mel lubrificando.
Calma eu to sempre destilando.
Na língua tudo e nada
Palavras mal acabadas.
Respingos de sorrisos.
Farelos de sensações.
Nesta boca têm pessoas a sair nas reminiscências
To engolindo ausências, sonhos e indecências.
Nesta boca têm estrelas á brilhar pela garganta.
E é brilho, luz própria em alta voltagem
Na língua uma milhagem.
Controle e descontrole.
Secura e umidade.
Ansiedade e passividade.
Nesta boca têm um pouco que é muito de mim
To engolindo pequenas mortes, começos de muitos finais.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Pedaços se perdendo

O tempo de unir os pedaços disso tudo
Ta escorrendo pelo ralo.
Aliás passa despercebido por você.
A simetria abriu a porta e correu.
Você foi mais que um mero plebeu.
Cegamente acredita que temos liga.
Aonde, me diga?
Desculpa te dizer de forma tão obtusa
Não serei nunca mais uma que vc usa.
Diante dessas entrelinhas diretas
O meu verso se cansou.Foi-se o tempo que você “causou”.
Tudo ta se esgotando e você na página dois
Nem sequer nota o que acontece, antes e depois.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fora Daqui

Cheia de crueldade
Enxergando vermelhos
Quebrando os malditos espelhos.
Fora daqui!
Gritando eu sinto.
Amo e (não) minto.
Portanto suma tudo.
Inquebrável escudo.
Lotada de absurdos reais
Algodão-doce? Nunca mais.
Vida miserável me sugando.
To te mastigando.
Ta vendo não?
Rindo a contramão.
Fora daqui!
Sem ouvir.
Sem falácias!
Sorriso desdobrado
Assim meio mal acabado.
Cheia de farpas, irritada.
Prendendo a língua, meio mutilada.
É melhor você vai pensar e talvez dizer.
Diga tudo, prefiro o seu atrever.
Depois: Fora daqui!

domingo, 18 de maio de 2008

Singelo pensamento

Singelo pensamento?
É voador como um presente e insistente sentimento.
Capaz de ser tão forte dentro de mim
A ponto de em minhas brancas asas por fim.
Caminho nessa terra absurda
Terra de descrentes, de serpentes e malícia em mudas.
Capacidade de compreender atos divergentes
Mas mesmo assim ainda me surpreender com certas gentes.
E mesmo nessa falta de luz fatal pra minha coragem
Confio em algo superior a própria existência, mas sem imagem.
Nunca estamos sós essa é a verdade.
Mas sempre estamos desconectados dos outros, independente da idade.
E como seguir sem (ou com) tamanha pureza?
Administrar esse pensamento com a devida singeleza(ou sutileza)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cansei de pedir

Cansei de pedir
Que vc só um pouco me amasse
E quando eu mais precisei..que me confortasse
Quando meu coração pediu que me procurasse.
Cansei de pedir
Uma nesga do seu olhar no meu
Meu olhar gritando um beijo seu.
Tantas palavras e vc nem sequer concedeu
Um só momento que fosse.
Cansei de pedir
Respostas pros vazios das palavras que nunca chegaram
E as imagens do seu rosto preso nos meus olhos que tanto me embalaram
Cansei de pedir
Simplesmente o “vc aqui”
Cansei de esperar vir de vc o que saltava da minha ansiedade.
Tentando afogar essa doentia vontade de te ter, maldita crueldade.
Dizendo pro meu coração que vc é só mais um vento passado
Mas porcaria de compasso atrasado!
Cansei de vc e de tudo que vc me causa incessantemente
Mas nem tenho como me livrar desse desejo envolvente.
Detesto o que vc displicentemente me causa na veia
Me sinto um bicho se batendo na teia.
Cansei de lutar e respirar com dificuldade
Quero te jogar fora de verdade.
Olhar pra sua precisa figura e sentir que passou.
Que estou curada.
Cansei de mendigar atenção
Não preciso provar que tenho emoção (suficiente)
Nem vou pedir que tente (entender nada).
Não mais (vou ficar calada).
Cansei de pedir...te sentir sozinha é muito banal.
Cansei desse mal.
Cansei de pedir.
To me despedindo.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Atribuindo partes

Queria abotoar a felicidade
Pintar o corpo com o pó da multiplicidade.
Trazer pra dentro de si as roupas do mundo
Sentimentos diversos girando.
Cobrir a cabeça de paz
Ver estrelas escapar dos pés, atrás.
Nos olhos pingos de vida
Sempre se sentir fantasiosamente viva.
Tatuar só as vivências
Essas sim simbolizam inclusive carências.
Rabisque sua verdade nas minhas costas
Verdades me repartem em postas.
Vou atribuir partes.

domingo, 11 de maio de 2008

Argumentos

Argumento inútil
Sou toda coração.
Pulsante emoção.
Quente paixão.
Argumento sem base
Derrube as minhas
Crie novas linhas.
Destroçante aprisionador!
Ridículo amor doente
Liberdade sempre latente.
Ah...argumento mordaz
E esse tormentoso leva e traz
Meu doce e ingênuo rapaz.
Ardente pensamento
Esse amor eu mesma invento.
Se for por vc fica tudo lento.
Se for por vc
Fica tudo assim a se perceber.
A cada ida um despedaçar
A cada palavra um desperdiçar.
Meros argumentos
Argumentos de momentos.

Que personagem da literatura te apetece?

A literatura e o sexo, é o tema de um Blog que eu li hoje, o jornalista Sérgio Rodrigues escreveu brilhantemente numa analogia um texto respondendo a seguinte pergunta: Que personagem da Literatura vc levaria pra cama? Segue um trecho do texto: "Fechada a porta, as poucas horas de que dispomos ganham imediatamente a plenitude de dias e a intensidade de segundos. Como descrever aquilo? Capitu se entrega e se nega ao mesmo tempo, cada negação explodindo numa entrega maior, como se lutasse consigo mesma. Dor, prazer, vergonha, febre. É mandona tanto na luxúria quanto no recato: aqui! pára! aperta! chega! mais!" Simplesmente fantástico! Confesso que fiquei curiosa pra imaginar quem euzinha levaria...me foge uma idéia em se tratando de Literatura, mesmo adorando ler, não sinto nenhum apetecer por nenhum personagem,assim de supetão. Se fosse cinematográfico iria ter uma lista!!!!!!Inclusive as cenas podiam vir junto.Algumas românticas outras apenas sexuais....

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vou te conceder um pedido

Vou te conceder um pedido
Veja bem, o que vai pedir, é um só!
Uma nota de Ré ou Dó?
Posso ser sua melodia.
Dentro do que me conheces
Vai saber o que (quem sabe) te apeteces.
Vou te conceder um pedido.
Um pequenino como um grão de feijão
Posso ser uma faísca contaminante no teu coração.
Ou uma grande marcha de gente animada por um ideal
Posso ser um doce e irresistível mal.
Veja bem, o que vai pedir, é um só!
Não to te pressionando
Só sinceramente avisando.
Não sou de muitos
Veja o que vai pedir, veja bem.
Não és meu refém.
Não me acuses, to dando-lhe a chance de escolher.
É simples, é analisar o teu querer.
Depois observar se encaixa-se no meu querer
E voilá!
Mas lembre-se é um só pedido.
Mesmo que no fim sinta-se arrependido.
Jamais me acusará de ser iludido.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

De luxo

Desprezando detalhes
Espremendo o importante
Quero ser essa errante.
Sou sua interrogação
Gosto de causar descompasso, palpitação.
Desprezando açúcares
Inserindo azedo nos dentes
Até ficar dormente.
Quero ser esse imprevisível
Só as palavras são consumíveis.
Eu sou de luxo
Sou sua interrogação.
Aprecio causar confusão, misturar sentimentos grande turbilhão.
Simplória na casca exterior
Não se engane com qualquer julgamento posterior.
Gosto de confundir
Minhas palavras sufocam teu persuadir.
Desprezando facilidades
Estou além do passível de consumir
Eu sou de luxo.
Traga o irreverente
Seja, não tente.
Menos previsível, mas extremamente doce
Me embale como se sua eu já fosse.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Porta aberta com David

O modo como organizavam-se aquelas letrinhas até então indecifráveis enchia meus olhos de curiosidade.À vontade de descobrir aquele mundinho de páginas e desenhos coloridos era tão grande quanto á espera da “hora da saída” pra brincar de pique-esconde.Fabricando meus sonhos pueris, me fazendo achar tudo meio de algodão-doce..Meus olhos sempre brilhavam de ansiedade para juntar as letras e dar a elas todo um sentido; aquele que deve existir realmente o da magia que engole vc pra dentro da história.A minha fome de ler era tão grande que em lugar de ver televisão eu queria que minha mãe contasse as historinhas da coleção dos bichinhos, que eu tinha quase toda. E a magia transformou-se em felicidade no dia que consegui juntar as palavras e ler minha primeira frase.A ânsia de ler sozinha saiu da minha boca e pulou no chão.Virei algo muito melhor: leitora. O mundo era meu!As palavras me pertenciam, eu era delas e assim selava-se o casamento mais brilhante e inseparável da minha vida.”A princesinha de rabo de cavalo e as letrinhas” E tem um menino de olhos vivos e cabelos pretos que foi o responsável por esse abrir de portas,nunca vou esquecê-lo, o amor se estabeleceu ali, simples, verdadeiro e puro.Era o curioso e inteligente David*.

*Referência ao livro de alfabetização: "A Cartilha de David"

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Fecho a porta

Fecho a porta
Cada vez menos alguma coisa importa.
Sou displicente não espere
Chegue com personalidade
Não espere oportunidades.
Só deixo me pegar quem eu quero.
Fecho a porta
Se abandono é pra sempre
Não venha, talvez tente.
Seja impulsivo
Dê vasão a paixão de modo incisivo
Como um corte aberto
Te quero por perto.
O contraditório faz parte
Não é questão de alarde
Mas de entrega
O amor é piegas!
Porque não vêes como eu?
Porque torna tudo irascível, escuro, um breu?!
Fecho a porta
Não vou esperar uma suposta atitude
Te falta a vontade, e alguma pitada de ilicitude.
Eu sou o próprio corte.
E nada pode impedir essa morte.
Não é questão de alarde
Faz parte.
Essa minha louca entrega.
Nunca nega.

sábado, 3 de maio de 2008

Abelha destilando mel

Juízo e sentido
Mastigo até o sumo
Retiro teu prumo.
Te consumo!
Bebo o suor
num gole só.
Não tenha dó
Faça o mesmo comigo.
Crave os dentes no meu umbigo.
Sim perdi o equilíbrio ao te ver
Inventei um modo de te enlouquecer.
Quer pagar pra ver?
Faça eu me calar
Roube meu fôlego no beijar
Faca-me rir para eu alucinar.
Roça loucura na minha orelha
Eu pago por essa perversão cifrada em centelha.
Vou virar abelha destilando mel.
(Eulália Marques)

Felicidade

Felizes aqueles que prescindem do senso reflexivo ínsito ao isolamento habitual.
Felizes aqueles que ignoram sua mediocridade, pois esta se efetiva de tal forma que os impedem de conhecê-la.
Felizes aqueles que não precisam pensar no amanhã, por não poderem ir além do hoje.
Felizes aqueles cujo pensamento não pode ir além de si mesmo (ainda que limitado por sua mediocridade), pois não atingirão à frustração atinente à conclusão pela inviabilidade de um senso solidário universal.
Felizes aqueles que podem prescindir do norte racional e se enveredar cegamente pelos caminhos da fé; que podem mergulhar em trilhas dogmáticas sem a desconfiança, sem insegurança, sem se preocupar com sua instrumentalização para interesses nem um pouco nobres.
Felizes aqueles que encontram na superficialidade mundana a realização material e espiritual, corolários e combustíveis da pomposa máquina do mal que assola a sociedade contemporânea: o individualismo exacerbado.
Felizes aqueles que encontram a realização na supressão vital, na sanatória geral, ponto de convergência entre todos os seres humanos, o epílogo comum.
Felizes aqueles que não podem ser felizes e ainda sim buscam uma felicidade fictícia; buscam um estado aparente de felicidade.
Enfim, viva à felicidade e àqueles que possam alcançá-la, dentre os quais não me incluo.
Autoria: VitorHugo ( não o poeta, mas alguém brilhante tb, sensível, inteligente e meu amigo!)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Tempo

"As vezes os meus dias são de par em par"
"Mas se vc achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados"
"Solidão que nada"
"O tempo não para"
"Minha metralhadora é cheia de mágoas"
"Minha flor meu bebê"
"Mil rosas roubadas"
"E por vc eu largo tudo, vou mendigar, matar"
"Adoro um amor inventado"
"Amor meu grande amor não chegue com hora marcada"
"Vamos pedir piedade,Senhor piedade"
"Pra quem vê a luz, mas não ilumina suas minis certezas"
"Quem sabe eu ainda sou uma garotinha"
"O princípe virou um chato"
"Matando a sede na saliva"
"Um corte lento e profundo, entre vc e eu"
"Algum veneno anti monotonia"
"Transformar o tédio em melodia"
"Boca, nuca e a tua mente não"
"Ficou tudo fora de lugar, café sem açúcar, dança sem par"
"Desperdiçando o meu mel, devagarzinho flor em flor"
"Prendia o choro e aguava o bom do amor"
"Já que eu não posso te levar, quero que vc me leve"
"Faço promessas malucas, tão curtas quanto um sonho bom"
"Estamos meu bem por um triz"
"Procurando uma vaga aqui ora ali, no vai e vem dos seus quadris"
"To cansada de tanta babaquice, tanta caretice, essa eterna falta do que falar"
"Vida louca, vida, vida imensa"
"Pro dia nascer feliz, essa é a vida que eu quis"
Cazuza- 50 anos!
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Pode me arrastar que eu deixo
Por isso, sem fim eu me sujeito
Derruba meus conceitos
Mas me olha com respeito.
Mostra o doce e o amargo dos lados
Aprendo com farpas, momentos marcados.
Cobre as mágoas
Pequenezas dos agoras.
Dá cambalhota no passível de fazer sentido
Insere juízo no meu ouvido.
E sabe embalar meus sonhos (se ainda os tenho)
Mostrar que nesta vida medíocre nada suponho.
Eu incisivamente e radicamente me imponho.
Único parceiro
Respeito seu modo matreiro.
Inteligência nata.
Sua passividade ás vezes me mata.
Mas nunca me deixe
Preciso de vc como da água o peixe
Não vire as costas pra minha insegurança
Aceita minhas loucas mudanças.
Sorria pra mim
Pois pra vc não existe porção ruim.