quinta-feira, 29 de maio de 2008

De você

Já não sei o que querer de você.
Não posso mudar teu jeito de todas as coisas ver.
Então só me resta optar pelo caminho mais tortuoso.
Quem disse que gostar não é penoso?
Você vê simplesmente o que seus olhos alcançam.
E os meus olhos não só brilham, dançam.
Mas não basta pra eu querer te gastar.
Preciso daquilo que você tem dificuldade de analisar.
A escolha não cabe ao paladar
Mas ao toque das minhas mãos, o meu dedilhar.
Vai ver eu sei perfeitamente o que quero de você.
Só resta esse caminho percorrer.
Atribuo significâncias maiores que você pode possuir.
Eu sou assim, gosto de ver especialidades sem ninguém intervir.
Sim eu sei o que você é e pode ser.
Só não sei se você poder entender.
Também não irá fazer diferença, o que basta por esse momento.
É que desse você especial se trata de um mero invento.

Um comentário:

Henrique disse...

De poetatisa para filósofa, viva! Será o outro um outro que queremos e entenderá o outro que nós queremos ele como um outro nosso?! Já escrevi coisa parecida, hoje eu voltei pra orgia... nada faz muito sentido, gozo mais com meus neurônios lendo coisas assim como os seus escritos. Beijão, Moça filósofa...