sábado, 28 de março de 2009

Carta á vc.

Carta á vc.
Sinto dizer coisas que talvez vc precise saber.
Meus sentimentos têm velocidade.
E com certeza uma certa idade.
Leia com atenção!
Não sou como vc pensa não.
Talvez o que eu te peça insconcientemente.
Seja extremamente necessário em minha mente.
Tão fácil lidar.
Tão exposto esse meu amar.
Vc só cobre minhas intenções com esse seu criticar.
E esquece-se do quão doce é o se entregar.
Em minha mente vejo seu rosto e sorrio.
Mas é como folha deslizando no rio.
Mera imagem.
Fruto da minha saudade.
E é tão claro o que venho te dizer.
Que fico resoluta diante do teu não entender.
Me pergunto onde fomos nos perder?
Aonde ficou todo aquele arder?
Sinto que vc lê meras linhas.
Como se fosse tola essa imaginação minha.
Mas precisa te dizer.
Te escrever.

domingo, 22 de março de 2009

Ah...nós.

Meus olhos sempre fugiam dos seus.
Vai ver porque brilhavam diante dos teus.
E o rubor da face denunciava-me.
Como se meu desejo me desnudasse-me
Tua sobriedade masculinamente inerente.
Minhas palavras incoerentes.
Ah....nós.
E esse sentimento fortemente atroz.
Não rompe as barreiras do silenciar.
Mas nos captura sem acorrentar.
Seu balbuciar.
Meu amedrontar.
Seus olhos cizentos a divagar.
Vai ver porque presentiam o meu apaixonar.
E o suar das tuas mãos.
Como se trouxesse o coração nas mãos.
Ah....nós.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Confissão de momento

Sufoquei a decência.
Engoli minha inocência.
Preciso ser assim.
Arrancar tudo que faz de mim.
Alguém com sentido.
Não te chamarei de querido.
Não me olhe, ignore mesmo.
Falarei sandices a esmo.
Não quero afeto teu.
Quebrei as lâmpadas, preciso do breu.
Pintar as cores.
No teu suposto deixar, amores.
Cheiros e teu sorriso.
Não preciso!
Preciso lamber as feridas.
Tuas palavras me deixaram sem saída.
Amarrarei em minha angústia teu silêncio.
Lamentarei os espaços.
Mas já escorre.
Entre nós...morre.
Sinto um misto de prazer e dor.
Chorarei essa falta do teu amor.
E suspirarei o fim de um sofrer dor.
Preciso e sou assim.
Impossibilitada de ter um fim.
Derramo ao menor permitir.
Capturo o sentir.
Depois mergulho no sofrer.
É assim que sei viver.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Declaração.

Lento no acompanhar.
Meu raciocínio.
Meu desatino.
Bruto para sentir.
Meu desejo.
Meu beijo.
Como combinar?
Mas como partir e deixar?
Atração não pede explicação.
Chega e segura seu coração.
E tocaí.
Pra ver se assim vc capta o meu despedir.
Tô entregue.
Embora te negue.
Mas estou partindo.
Deixando o teu mundo,teu caminho.
Outros sentires?Respirarei.
Te deixarei.
É fato.
Nosso amor resumiu-se ao ato.
Propagações de palavreado.
Meu coração está cansado.
Mas antes toca a minha favorita.
O som, mas trás a birita.
Vou fechar os olhos e sonhar.
Que um dia a gente veio se entregar.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Dividida por vc e por mim.

Mesmo que eu troque tudo de lugar.
Meu coração quer estar.
Rasgo fotos e missivas.
E suas células em mim, tão vivas!
Não sei se quero vc ou seu elixir.
É uma tempestuosa necessidade de sentir.
Posso terminar.
Pra sempre te afastar.
Mas de dentro de mim sairá o mar.
Vou me desfazer em arrependimentos.
Gosto de dores de amores, pequenos sofrimentos.
Te parto?
Mato.
Destrato.
De paixão maltrato.
Mesmo que teus vestígios eu jogue fora.
Ainda temos ponteiro nessa hora.
Seu desejo ainda vem me arrepiar.
E tua presença um desassossego a torturar.
Não é um mal, nem um bem.
Simplesmente um jeito que me detém.
Me pega pelo pé, sobe a espinha.
Chega na nuca e me adivinha.
Mesmo que eu desista.
Minha vontade grita para que insista.
Divida por vc e por mim.

terça-feira, 3 de março de 2009

Vai sim

Vai sim
Vc sempre vai ser assim.
Irremediável.
Doce e amável.
Sedutor e instável.
Vai sim.
A gente no começo e fim.
Vc sempre me pegando.
Suas defesas eu derrubando.
Irremediáveis.
Desejos mutáveis.
Vai sim.
A mistura inocentemente ruim.
A sua tentativa.
Minha lágrima furtiva.
A vontade de gritar e silenciar.
A espera do que vem me bastar.
Sua promessa á desgastar.
Vai sim.
Vc vai sempre se desculpar.
E eu vou rugir em vez de miar.
O amargo seu beijo não vai adoçar.
O meu sumiço não irá te buscar.
Vai sim.
Sua imagem dentro do meu olhar.
E a minha voz que vc quer escutar.
O carinho á derramar.
Vai não.
O sim está no chão.
Vc sempre vai fazer assim.
Uma repetição doída.
Minha esperança moída!
Sempre assim.
Eu desfazendo de mim.
É sim.