E ao olhar para ali
Me espelho nesse permitir.
Girando como o pião no chão.
Rodopiando lentamente sem paixão.
Mas pertencente significativamente á minha emoção.
Céu de todo dia.
Que me faz respirar á revelia.
Que traz sensações mesmo que tardia.
E ao olhar para ali.
Sinto como um possuir.
Sou grão pequenino em palma da mão.
Engole-me! olhos de furacão.
Dobra-me na tua imensidão.
Aponta-me como pequeneza.
Sopra junto com teu amante minha tristeza.
Apaga os vínculos mundanos.
Faz-me esquecer dos passantes anos.
Ah céu translúcido de todo dia.
Arrancou-me as ilusões de rebeldia.
Mostrou-me o insôsso dia-a-dia.
E ao olhar para ali.
Ainda posso por um milímetro de segundo te submergir.
Respirar fundo e insistentemente prosseguir.
Passo a passo como tijolinho de contrução, existir.
4 comentários:
"Ainda posso por um milímetro de segundo te submergir.
Respirar fundo e insistentemente prosseguir."
Esses versos me traduzem de uma forma mto especial e eu nem consigo descrever como...
É sempre bom passar por aqui, seus versos são milimetricamente perfeitos, seus poemas são lindos.
O trabalho do poeta é justamente esse: fazer poesia.
E vc o faz lindamente!!!
Bjo!
PS: Me diz uma coisa vc é de Salvador - BA?
Adorei o final: "Passo a passo como tijolinho de construção!".
É assim, é a vida. Não podemos ser imediatistas. Se somos - sempre - sofremos.
Na profundidade da tua introspecção...sorri...
Doce beijo
Olá!
Vim agradecer pelo seu comentário lá no meu blog! Poxa, muito obrigada mesmo pelo carinho!
Visite-o sempre que quiser, viu?
E qualquer sugestão ou dica, pode falar q eu adorarei! =)
Aliás, que lindo esse blog aqui, hein!
São seus textos? Vc escreve muito bem! =)
Posso colocar nos favoritos do meu?
Um beijo grande!
Carol
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