Não adianta cortares o que já dói.
A ferida já acostumou a sangrar.
Não adianta colocares mais sal e apertar.
A liberdade não vai gritar.
Morram telefones,calçadas e necessidades.
Tô de braços abertos para o vazio.
Não adianta tentar cobrir com cores.
Elas escorrem depressa com o pulsar das dores.
Pior é o sentires latejante.
Esse ser nada insignificante.
Não adianta o expulsar.
Tá pregado na pele e pra ficar.
Não quero rir nem chorar.
A ferida já se acostumou com o meu inventar.
Então estou aqui, sentada.
Não insista, não adianta nada.
6 comentários:
Saudades do mundo das tuas palavras..
mas estou de volta pra poder me inebriar de novo com elas...
Tudo como sempre, lindo!
Parabéns!
Abraços!
Poetíssima...
www.soirild.blogspot.com
que morram os telefones e mensagens..e que se apaguem as mensagens escritas pelos bancos das praças cheias de meia-luz...
to contigo nessa.
hehe
;*
Gostei!!!
"A ferida já acostumou a sangrar.
Não adianta colocares mais sal e apertar. "
muito boa a poesia!!!
"Tá pregado na pele e pra ficar.
Não quero rir nem chorar.
A ferida já se acostumou com o meu inventar.
Então estou aqui, sentada.
Não insista, não adianta nada."
.
Mais ou menos isso mesmo.
.
Assim voce me mata Lalis,escreve tão bem e eu me identifico tanto com isso !
beijos ;)
"a ferida já acostumou a sangrar."
demais. gostei do que escreve.
Não devemos nos entregar à acomodação.
abs, Lee.
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