domingo, 28 de junho de 2009

Não adianta, já acostumou.

Não adianta cortares o que já dói.
A ferida já acostumou a sangrar.
Não adianta colocares mais sal e apertar.
A liberdade não vai gritar.
Morram telefones,calçadas e necessidades.
Tô de braços abertos para o vazio.
Não adianta tentar cobrir com cores.
Elas escorrem depressa com o pulsar das dores.
Pior é o sentires latejante.
Esse ser nada insignificante.
Não adianta o expulsar.
Tá pregado na pele e pra ficar.
Não quero rir nem chorar.
A ferida já se acostumou com o meu inventar.
Então estou aqui, sentada.
Não insista, não adianta nada.

6 comentários:

# Poetíssima Prida disse...

Saudades do mundo das tuas palavras..

mas estou de volta pra poder me inebriar de novo com elas...

Tudo como sempre, lindo!

Parabéns!
Abraços!
Poetíssima...

www.soirild.blogspot.com

(marta silva) disse...

que morram os telefones e mensagens..e que se apaguem as mensagens escritas pelos bancos das praças cheias de meia-luz...
to contigo nessa.
hehe

;*

Patricia disse...

Gostei!!!

"A ferida já acostumou a sangrar.
Não adianta colocares mais sal e apertar. "

muito boa a poesia!!!

Thaís Duarte disse...

"Tá pregado na pele e pra ficar.
Não quero rir nem chorar.
A ferida já se acostumou com o meu inventar.
Então estou aqui, sentada.
Não insista, não adianta nada."
.
Mais ou menos isso mesmo.
.
Assim voce me mata Lalis,escreve tão bem e eu me identifico tanto com isso !

beijos ;)

Aprendiz do amor disse...

"a ferida já acostumou a sangrar."
demais. gostei do que escreve.

Keidy Lee disse...

Não devemos nos entregar à acomodação.

abs, Lee.