segunda-feira, 11 de maio de 2009

Queria

Queria seguir assim.
Andar, dirigir, navegar sem um fim.
Destino pra quê?
Olhar e sentir, e ter.
Queria sentir a corrida.
O vento, o horizonte.
A fuligem na ferida.
A sessenta.
Observar o desimportante.
E a fitinha toca no meu estante.
Jazz.
Queria ser tocada assim.
Por algo que não tivesse fim.
Gente pra quê?
Palavras soltas e o livro são melhores.
O composto saído da boca são por menores.
Sou uma transeunte nessa jornada.
Minha dor ás vezes é falada.
A cem.
Chorar nem vem acobertar.
E declaro meu amor.
Jazz.
Queria tantas absurdas.
Que minhas preces ficaram surdas.

3 comentários:

Natália A. disse...

Um dos mais lindos.
Me lembrou estrada, a música da Janis Joplin, Me and Bobby McGee.

Um beijo!

Carol Betella disse...

O Vazio já me preencheu.

Henrique disse...

Se joga pintosa! sai do existencialismo, tá fora de moda!

O absurdo também já deu e nem adianta rezar...

hauhauhauahu