quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Saídas que um dia busquei.

Acharei as saídas que julguei um dia. Se me entrego ao etílico não me apontes. Muitas questões me cortam como facas amoladas. Não reclamo das feridas que sangram caladas. Observo não só a dor mas o sangue que escorre. O pior é quando a alma morre. Talvez encontre os curativos desses cortes. E não suspire tanto dia-a-dia com as pequenas mortes. Tenho certa apreciação pelo sofrível. A felicidade é para mim algo temível. Estou acostumada a sentir dor. Carregá-la, respirá-la, sofrer por ela, ter amor. Conheço-a do avesso. Chego a ter apreço. Carrasca-amante. Se não reajo a tua operante ação não me apontes. Mostro-te minhas razões aos montes. Mas não sentirás os meus espinhos. Doem em mim e só a mim fazem imperceptíveis desalinhos. Se me julgas, guarde tuas considerações para tua concepção. Duvido de teu e todos os sentimentos expostos. Acredito em mim e nos meus contraditórios opostos. Que desmorone-te em suas críticas inúteis. Não preciso de morais fúteis. Acharei as saídas que um dia busquei. Na minha doce e infantil inocência que julguei.

5 comentários:

Lina. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lina. disse...

Sobre o amor, é possível dizer que, apesar de universal, não se manifesta padronizado, ou seja, não é igual para todos. "Acontecendo simplesmente" somente para aqueles que, acreditam, passivamente, no acaso.

Cada um dá aquilo que pode, cuida daquilo que tem, e, recebe aquilo que quer.

De qualquer forma, o poema não trata do "Amor e seus paradoxos", é apenas uma "brincadeira ritmada" para um amigo sambista, que fez anos, na data.

As linguagens e os significados variam com a intenção de quem escreve, de modo que, aquilo nem sempre é aquilo. Dessa forma, se você não captar a intenção, perderá todo o resto.

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A propósito, o seu texto está bacana.

Até!

Henrique disse...

Isso é dor de verdade! Parabéns! não há blogueiro que expresse a dor com tanta verdade como você! Agir sob os procedimentos de um passado infantil é mesmo sangrar.

Henrique disse...

nossa é muito grande! entendi melhor agora, a inocência que vocÊ julgou para si, mas em ironia para com o outro, possui a saída que vocÊ sabe que buscou. Nossa! Esculaxou, fiquei até envergonhado.

Posso usar pra fazer um video? monólogo?

Lina. disse...

Em nenhum momento, eu falei em destino, aliás, acho que, mencionei o fato de não acreditar "passivamente" nas coisas e, nesse "passivamente" está incluso o destino.

Eu acredito que, quando se quer algo, não se espera a intervenção do destino, tampouco do acaso, mas se cria possibilidades e alternativas para tal. Portanto, mais uma vez, a sua interpretação divagou sem exito.

E quanto ao tom de crítica, acho que você deveria tomar cuidado com as palavras, pois são facas de dois gumes. E, se já sabe disso, pratique! ;)

Para todos os efeitos, a atenção, antes de comentar é, sumamente, importante. Pois, caso contrário, o comentário se torna superficial e muito equivocado, do tipo: "(...) sei lá...vai ver preciso ler de novo.".

É... Estamos longe de, qualquer sincronia.

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Até!