terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ninguém pode me sossegar

Num copo grosseiro bebo rock n´roll. O volume está quebrado, aumento sem parar. Pé ante pé saem do chão. E quem pode me sossegar? Braços ao alto e cabelos ao balanço. Um gole, sacudo, danço. Os vizinhos, e desconhecidos podem reclamar. Mas quem se importa? ninguém pode me sossegar. Temperatura sobe, outro gole,riso nos lábios. Quero mais, quero na veia. O etílico não é água mas não me sinto cheia. Fecho os olhos, pulinhos e suor. Esse momento certamente é o melhor. Meu fôlego esse rock está a tirar. Mas ninguém pode me sossegar. Outro gole, respiro. Balanço, arranco o excesso de roupa, viro. Só as paredes á testemunhar. Não preciso do teu e de nenhum olhar. Estou a exorcizar. E ninguém pode me sossegar.

Um comentário:

Natália A. disse...

Total movimento do texto. :) Gostei bastante..