terça-feira, 9 de setembro de 2008

Tal moça

Seus olhos?
Mergulhante em espumas frias e brancas.
Movimentando suavemente as ancas.
Quem é a moça?
Gracejante no seu tímido olhar.
Aguçada no seu descobrir.
Receosa no achar.
Pés acarinhando areia molhada.
Na beira d'água ela segue entusiasmada.
O beijo da solidão.
Carícias do vento nessa imensidão.
Sobre seus finos cabelos nuvens á dançar.
Quanto peso no seu penar.
Quem é essa moça?
Profundo engolir de ansiedade.
Respirar fundo buscando saciedade.
(Paz de espírito na verdade)
Na ponta da língua um melodiar.
Significativo só ela vai acreditar.
Quem é vc tal moça? (venho perguntar)
Sou o espaço dos grãos de areia.
Quiça cada milímetro onde aranha faz a teia.
Sou jovem envelhecida.
Talvez heroína, quem sabe bandida.
Moça sem simplesmente.
Cheia de idéias na mente.
Somente moça, não invente.
E os olhos?
Curiosos, teimosos.
Cansados, talvez desesperados.
Cheios de bagagens.
E com fôlego para novas viagens.
Falantes porém visivelmente calados.
E da moça?
Essa tal moça.
Suavemente acastanhados.

2 comentários:

Henrique disse...

é a garoto de ipanema... estava na praia?

espumas d'agua ou de sabão?

beijos

poema leve, som de bossa ao fundo

Poetinha Feia disse...

Estava ausente e morrendo de saudades de passar aqui.
Já te falei que seus poemas me lembra Cecília Meireles, pois é me lembra mto.
É tudo tão dito e não dito... rsrs

Parabéns!!!

Bjinhos