sexta-feira, 27 de junho de 2008

Escapulindo de mim.

To escapulindo de mim
Não consigo me alcançar!
Minha mão se estica e pelas pontas tento tocar.
Braços curtos?
Mãos faltantes de habilidade?
Basicamente correndo.
Não faço questão, e vc também não deveria, nem eu entendo.
Minha mão passeia sob o relevo.
E suavemente vejo.
Mas não consigo alcançar.
Droga, maldito modificar.
Me estilhaça só pra diversificar.
Me fazer perder o fôlego e em seguida respirar.
Escapulindo do comum, do normal, do plausível de nexo.
Absurdo como o côncavo e convexo.
Rimas eu gosto de brincar.
Marcar a pele pra fantasiar.
E eu to por aí pulando linhas, marcando passos nas calçadas.
Vendo o preto e o branco das minhas passadas.
Também sou malcriada.
Adoro ter o mal ( e o bem) nas unhas como navalhada.
E de linhas conectas eu escapulo.
Poesias de colheradas, meu caro, engulo.
Sorria, adoro sorrisos indecentes.
Não tenho uma, mas várias vertentes.
Escapulo, sim, escapo, porque adoro a falta que a falta faz.
Se vai se encantar? Tanto faz.
Escapulo mesmo, não ligo.
Só digo:
To escapulindo de mim.
Não sei é bom ou ruim.
Mas essa parte escapante ta afim.
No bafo do gelo eu vejo.
Sua dança, seu pensamento, um lampejo.
Estico o braço, mas não posso nunca alcançar.
Ela que sempre vem me agarrar.
E se não alcanço, só me resta escapulir.

4 comentários:

(Marta Selva) disse...

tuas palavras sao lindas.
adorei.
;*

Keidy Lee disse...

Na falta de uma palavra com o significado maior... Perfeito!

Anônimo disse...

G.O:S:T:E:I: Um amor senta-se e permanece estoicamente activo na magnitude uterina do seu esplendor.



Abraços do EU, SER IMPERFEITO e d´A SEIVA

Naná disse...

Lindoooo!!

Escapulindo de si para se encontrar, encontraste a forma de se autoexpressar.