sábado, 24 de maio de 2008

Na boca

Na boca têm raios de sol a sair pelos dentes
To engolindo calor vertente.
Nesta boca rosa tem fel e mel lubrificando.
Calma eu to sempre destilando.
Na língua tudo e nada
Palavras mal acabadas.
Respingos de sorrisos.
Farelos de sensações.
Nesta boca têm pessoas a sair nas reminiscências
To engolindo ausências, sonhos e indecências.
Nesta boca têm estrelas á brilhar pela garganta.
E é brilho, luz própria em alta voltagem
Na língua uma milhagem.
Controle e descontrole.
Secura e umidade.
Ansiedade e passividade.
Nesta boca têm um pouco que é muito de mim
To engolindo pequenas mortes, começos de muitos finais.

4 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

Uma boca desejosa de beijos! Agora que te descobria virei sempre saborear os teus textos!
Mais um poema doce e aliciante!

Boca doce :-)
beijos

Keidy Lee disse...

Lindo poema, lindo mesmo.

Boa semana!!

Texto-Al disse...

hmmm.... gosto mm da força dos teus versos...dificil ver numa menina;)

beijao para ti;)

Tiago

. fina flor . disse...

tenho um poema que diz: é na boca que tudo começa ;-)

gostei!

beijos, querida

MM.

ps: nem preciso dizer que o sumiço tem a ver com o Sol na Boca, né? Quarta dia 28/05 será o último show da temporada [já viu as fotos?]....