terça-feira, 13 de março de 2007

TV

A TV foi criada para imitar o rádio, mas com a vantagem de ter imagens, como disse Chateaubriand: "uma máquina que influenciaria á opinião pública dando asas á fantasia". Com Roquette Pinto a TV fugia dos moldes da propaganda e caía na malha da arte e da ciência, isso na dec. de 1920. Se extinguia a propaganda para seguir nos modelos norte americanos, podendo ser apenas mencionados os patrocinadores. Mas a legislação brasileira permitiu a introdução da propaganda em 1932, onde somente 10% da propaganda podia ser de tal gênero, era a brecha que o Governo precisava aberta por Getúlio e lá se ia o sonho de Roquette Pinto, sobreviver pela rádio MEC. O Governo decide que concorrer é saudável, e abre-se o espaço para o famoso modelo comercial de televisão ( isso no final dos anos 60). Em resposta surge a censura e os padrões de qualidade ( discutíveis). A máquina de fantasias cria ficções não tão irreais assim ao exibir novelas, seriados e afins. Mas a propaganda começa a ter uma nova cara na televisão moderna- a indústria dos produtos fáceis como remédios para emagrecer, ginástica, anti rugas e culinários. E nesta "máfia" os controles de qualidade não interferem, já que grandes percentuais de lucro viriam deste "pequeno" espaço. E a pergunta que não quer calar: e esses padrões de qualidade seguem quais regras? Programas classificados por faixa etária que são baseados em que? A sociedade de 1950 tinha um certo recato e porque não inocência nos programas televisivos. E porque as novelas de época fazem tanto sucesso nos dias de hoje? Como avaliar qualidade na atual vida televisiva da sociedade moderna? o que é considerado adequado para os atuais moldes? Sem contar a concorrência de audiência das emissoras, abusando dos meios vulgares e de uma disputa desleal pela atenção do telespectador que dedica boa parte do tempo em frente a esse aparelho, só perdendo para o computador. E o rádio não foge da área comercial, com propagandas, anúncios, vendas e os famosos jabás. Onde até a indústria musical sofre com os cortes e espaços cedidos aos representantes comerciais. A TV é realmente pública ou apenas mais um veículo comercial dos anunciantes?

Um comentário:

Henrique disse...

Eu quero ser parceiro seu em alguma coisa autoral, como uma peça de teatro...


beijos