quinta-feira, 8 de março de 2007

Ética (Segunda parte)

Ainda no assunto da moral, temos os valores, e para definir que valor moral damos aos atos humanos, é preciso definir: o que é valor? Quando se fala em valor logo se atribui beleza, justiça e bondade; assim como aspectos negativos no outro pólo como maldade, injustiça etc. Valor é aquilo que se atribui às coisas, ou aos objetos, ocupando um cargo importante na conduta moral deste ser humano. Os valores não existem em si, mas sobre as entidades reais ou irreais, possuindo assim valor. Ser bom é um valor? é moral? O que é ser bom? Bom de forma geral significa indicar como certo vários atos humanos, onde consideramos valiosos. Definir o que é bom, quase que implica em definir o que é mau. Hoje em dia bom é aquele que concorda com a natureza de forma universal. Aquilo que entra em contradição com os interesses de uma sociedade é considerado mau, e aí entra o senso de coletividade, deixando de lado os interesses pessoais. Mas o que é bom para uma sociedade, certamente pode não ser bom para outra. Os interesses individuais sempre se misturam nesses de coletivo. A idéia de que o bom é a felicidade (eudemonismo) é arrastado ao longo do tempo,mas será que felicidade é somente o que é bom? Na filosofia pensava-se que bom também poderia estar na razão, conseqüentemente se era feliz, tendo intrinsecamente ligado a isto condições de liberdade e segurança econômica. Assim a felicidade (sempre boa) estaria reservada a uma parcela pequena da sociedade. Com a era cristã a felicidade somente era obtida no céu, pois seria a abstenção de qualquer valor econômico, e infelicidade terrena. Esse conteúdo concreto jamais pode ser separado do conceito de bom ou da própria felicidade. A sociedade classificada de privada, e constituída na propriedade privada jamais pode ou deixará de constituir a própria felicidade no "espírito de posse".Você vale aquilo que tem e não o que é. Desta forma torna-se impossível a obtenção da felicidade como sentimento abstrato. Há ainda a definição de que só se tem o "bom"pelo prazer ( hedonismo). Assim deve-se buscar o máximo de prazer para se ter o bom. Embora se aceite que o prazer é bom, questiona-se o mau como forma de prazer e cai por terra assim a idéia de que prazer somente se obtém pelo bom( vingança por exemplo).Mas o bom aqui não é o bom "físico"e necessariamente nada tem a ver com conceitos morais. A virtude se relaciona de perto com o valor moral e o seu contrário temos o vício. Significa capacidade, ou potência moral, disposição de agir de modo moralmente válido. Um ato moral vago,isolado e esporádico não pode ser considerado virtude. Do ponto de vista moral o ser humano deve estar sempre preparado moralmente. Desde os tempos antigos virtude está ligado ao bom e a moral, mas caiu em desuso na modernidade. No mundo atual define-se virtudes como humildade, resignação, caridade, cooperação, solidariedade, lealdade, modéstia,etc. Tornaram-se "fora de moda", ou seja fora do contexto social vivido. Somente irá aparecer as virtudes, assim como os vícios, de acordo com o meio em que está embutido.

Um comentário:

Henrique disse...

o início estava ótimo, foi rico, mas no fim caiu no moralismo, generalizou, e emitiu opinião. Ai não deu pra eu gozar também...