terça-feira, 6 de março de 2007

I Parte:
Podemos considerar bom o homem que dá uma esmola a um mendigo? E aquele que nunca mente dizendo sempre a verdade? Aquele que procura fazer o bem e suas conseqüências são prejudiciais àquele que pretendia favorecer, deve ser julgado como quem age corretamente do ponto de vista moral? Trata-se aqui de pessoas com necessidades de enquadrar seus comportamentos em "normas" estas de sociedade, ou morais. Julgar vem do juízo e este se equilibra nas normas de conduta que este ou aquele indivíduo acha ser o "correto". Recorrer a ética para solucionar os problemas diários afim de se ter uma "melhor ação" é inútil. Não cabe a ética definir o que é um bom ato, a este cabe a consciência de cada indivíduo. Aliás definir o que é bom é muito complexo, já que a ética somente se restringe ao que se deve ou não fazer, jamais classificando os atos de bons ou ruins. Os homens sentem a necessidade de julgar e justificar seus atos durante a vida, formulando desta forma juízos de aprovação ou reprovação. A este campo a metaética se dedica. Quando a ética recai em definir o que é bom, se recusa a encaixar o bom , naquilo que satisfaz o interesse pessoal, rejeitando assim qualquer comportamento egoísta. A função da ética é simples: explicar, esclarecer, ou investigar uma realidade, elaborando os conceitos que correspondem. Cabe dizer que explicar do que é difere de uma simples descrição. Ética não cria moral! A ética se apresenta diante de uma série de práticas morais já existentes, querendo determinar uma essência. Teoria do comportamento humano simplesmente. Moral significa costume, conjunto de regras, comportamentos adquiridos. Ética significa modo de ser, caráter. Existem 3 regras fundamentais em relação a moral: - Deus e a moral: o homem julga que "essas regras de comportamento"( a sua moral) está ligada a Deus e não a ele próprio. - Natureza e a moral: A conduta deste homem e a sua moral vem de uma forma natural quase biológica, tendo origem nos seus instintos. Aqui temos inclusive as teorias de Darwin - Homem e a moral: Aqui trata o "homem"de forma ampla e define este ser como dotado de uma moral que transcende o tempo. A moral tende a ser transformada em moralidade, que é a moral em ação, praticada. Assim cabe explicar que a moral também discorre em 2 planos: o normativo, aquele onde "essas normas" regulamentam o indivíduo; e o factual, onde "essas normas" agem no campo dos atos humanos regulamentados por ele. Outrossim a essência moral deve ser procurada nos dois campos. Um ato moral sempre está sujeito a sanção, ou seja punição. Se este ato não podia ser evitado, ou suas conseqüências não tinham previsão, do ponto de vista moral, não é certo, não é moral. O motivo que faz esse ser a praticar tal ato, é o que irá justifica-lo mas não torna-lo com significado moral. Todo ato tem uma finalidade específica e no ato "comum"tende a se atender um interesse pessoal; no ato moral se antecipa um resultado que realmente quer alcançar, esse é o pressuposto fundamente: a consciência do fim.Atos que se referem a um fim,mas são inconscientes e involuntários, não são morais. Certifica-se que aqui para realizar um ato moral o sujeito tenha de ser um indivíduo moral. O motivo não irá caracterizar o ato como moral, mas é preciso te-lo para agir.

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