Antes de te colocar nesse papel, pensei mil vezes em como te personificar.
Como expor as minúcias do que vc é, representa e causa em todo o meu manifestar.
Transformar essa grande massa em corpo, figura física sem expectativas e decepções.
Se eu mesma vivo a voar nas minhas delirantes emoções.
Quando penso em transformar-te em alguém, fica mais difícil que transcrever o que sinto.
Loucura pensar que o sentimento é menor que a tua carne.
E que me adianta pensar nas mais pequenas idiossincrasias vale?
No fim das contas a imensidão de você me invade, rouba e arde.
Impossível te armazenar em espaços.
Nem mesmo a idealização de um ato cortariam nossos laços.
Antes de você tudo era simples e rabiscado em normalidades.
Papel satisfazia os arroubos da idade.
Quilômetros de megabyte vieram surpreender células, músculos e razão insistia em gritar.
Não cabe, não tem espaço, nem idade, se limite em pensar!
Portanto querido papel como te pintar de você?
Dedos trêmulos tentam engrandecer, fechando os porquês.
A imaginação ri descontroladamente e zombeteiramente.
Que audácia dessa menina indolente!
Antes de te colocar no papel tento reunir todas as páginas como estrelas no céu.
Só consigo sentir meu companheiro papel.
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