Aquilo ainda me faz sofrer, mas de forma diferente Querido.
Dói diferente, como se antes roubasse ar em desespero.
Meus pés saíam do chão em automático.
Agora consigo ter certa calma diante dos olhos, consigo sentir os dedos no chão ainda.
Sem desespero, só derramando alguns sorrisos pelas letras.
Será que sentimento amadureceu?
Será que dobrou esquina do adeus?
Seu brilho já não me faz companhia, sinto novamente os braços da solidão chegando em minha cintura.
Seus dedos longos e tão familiares em minhas curvas.
O ar sempre circundando meus sentidos, entorpecendo meus sentimentos em confusão.
Achava que vc estava indo de mim, mas vejo que não.
Fui eu que parti ainda no auge do seu brilho, apavorada, mas também gritando razão.
E vc?
Simplesmente disse: Siga em frente Querida!
Choque rasgou os nossos momentos felizes e eu senti pernas enraizadas.
Súbita volta agarrou-me os cabelos, em total possessão e eu suspirei derrota.
Mal sabia que corpo permanecia mas o coração seguiu.
Livre ou quase assim, despindo-se sem pudores pela estrada.
Sem olhares doídos, apenas seu pulsar e documento em punho.
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