Olhar criticamente para os sentimentos alheios.
Desconfiança.
Profundidade só ao observar os meus.
Diferimos na exposição,na facilidade de doar, no cigarro.
Mas encaro como ação de fictícios,de personagens.
Onde cada Alice in wonderland faz parte de mim.
Será?!
Auto-destrutividade me faz experimentar o fel para compreender o valor do doce.
Não quero que me arranquem esses defeitos, ou qualquer um.
Talvez nenhum!!Já dizia Clarice não se sabe qual que sustenta o edifício inteiro.Talvez o meu lado
negro sustente tudo, e o verde do positivo venha ser somente um sopro.
Entre mim,entre nós, entre o próprio vazio dos corriqueiros desencontros.
Hilda diz: " não sei se permaneço ou desfaço"..e eu nunca sei a hora de perceber o limite, meu céu
da boca adormece antes.
A solidão é extremamente necessária, manivela da criatividade iluminada.
A força propulsora diria eu.A dor a lato sensu.
Tô totalmente livre de rótulos e ao mesmo tempo repleta de conteúdo.
Conteúdo esse do mais variáveis possíveis, mas com certeza existe paixão; pois sem ela a vida
perde o palatável de respirar.
Minhas melhores linhas saem na dor e na paixão, como sempre um gozo controverso, de um polo
ao outro.
É tanto desejo que palavras correm.Elas têm medo de se apaixonarem por mim!
Como paixão, do verbo comer mesmo.Chupo cada partícula até perder o fôlego e sem
clichês!Esses destruiríam meu suspiro; que é fulgás como o bater de asas de uma borboleta,sem
cores e marcada sob a minha pele.
Não decifre,mas tente,talvez te devore.
A coragem é instigante e a sedução está na paciência em seduzir.
Cada momento um riso, um suspender de raciocínio e um derramar de sentidos.
Aguce-me se for capaz!
(...)
"Disso" nunca me perderei, de resto gosto de encontrar caminhos,arrancar certos espinhos,ver
florescer.
Pena que só as plantas brutas vingam nos meus dedos.
Talvez eles já trabalhem demais, assinado: coração.
Mas infelizmente nada se faz, só se desfaz e refaz,o tempo se encarrega.
Não o culpo.
Aliás culpa já reinou demais, e por atos não paridos que é pior.
Agora só quero gestação de filhos poéticos, até virar baú.
Fertilidade aos baldes.
Venha beber.
Embriague-se de fragmentos-poesia, por favor.
E não se canse,não se acabe,tenha fôlego que minha vontade sorri!!
Alimente minha loucura verbal,domine sem descanso,pra isso só meus olhos, pois lábios são do
mundo.
Aceite língua,afiada,doce e peralta.
Sem espera, sem pedidos, na minha hora.
7 comentários:
É... não sei se permaneço ou se me desfaço... lindo isso né? Lindo texto tb... me fez refletir... principalmente depois de hj... não foi nada comigo, mas foi com outra pessoa e me comeveu muito...
Bjs Madame!
Talvez, o mais feroz dos seus!
Você revela umas coisas que ninguém fala. Somos o conflito dos julgamentos, e entre ser e não ser a poesia é alguma coisa.
Beijos
lindo o texto, eu amei .
parabééns pelo blog.
beeijos :*
Quase um uma poesia-diário, não que as outras não sejam, essa, no entanto, mais verdadeiramente essencial, coisa sua, suor caindo junto com os dedos escrevendo. E nem importa onde e quem vai ler, pra quem e de quem será os desejos que ora permanecem expostos, ora tão sútis. "Infelizmente nada se faz, só se desfaz e refaz,o tempo se encarrega."
Apertos,
ElderF.
Adorei seu blog, Eulália.
Virei sua seguidora e te adicionei nos meu blogs que adimiro.
Beijo grande, fica com Deus.
Esse texto me fez achar seu blog uma delícia.
Encontrei ao acaso, mas voltarei com e por prazer!;)
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