Como separo vc de mim?
Como te engulo, espremo, mato, até o fim?
Preciso te suprimir.
Nunca falar, nunca sentir!
Saia de mim.
Quero sim.
Como te mostro as saídas dos meus poros?
Como te descarto sem dó?
Preciso desatar todos teus nós.
Nunca mais deixar vc tomar-me.
Expor as carnes as tuas travessuras.
O teu domínio as minhas palavras puras!
Ah..desabafo sussurante.
Saia de mim infante.
Preciso deixar de ser tua escrava.
Que vc esfrega, pega e não larga.
Como retiro as marcas do teu ropiar?
Teu sorriso satisfeito no meu desmanchar.
Não posso deixar ficar.
Saia de mim.
Ainda sim eu digo fim.
Como te retalho sem doer?
Te tenho, renego e volto a querer.
Preciso que seja mais forte que eu.
Que cuspa minha fé seja ateu.
Lave-se das minhas partes.
Me mates.
4 comentários:
Olá, tudo bem?!
Sei que estive sumida, mas voltei!
Estava com saudades de todos os blogs, inclusive do seu cantinho que gosto tanto!
Abraços meus,
Poetíssima..#
Aparece lá no meu blog!
Bye!
que lindo.
acho q falaste exatamente o que eu querai falar.
como faz pra te mostrar a "saida dos meus poros?"
adorei
;*
"Que cuspa minha fé seja ateu."
Gosto das tuas palavras, Madame.
Um beijo ♥
Deixo para ti um trecho do poema "Zirma" da escritora potiguar Auta de Souza. Acho que reflete bem o teu escrito.
"...Eu precisava de teu carinho
Como de orvalho precisa a flor,
E embalde busco no meu caminho
O amparo doce de teu amor.
Anjo da guarda, formoso e santo,
Que me escondias nas tuas asas,
Quem é que agora me enxuga o pranto,
Cilício eterno na face em brasas!
Sem estes olhos que a morte cerra,
Sem o consolo de teu sorriso,
Como é que posso viver na terra,
Ó minha santa do Paraíso!"
Abs, Keidy L.
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