quinta-feira, 16 de abril de 2009

Clap

Clap e as palmas se espalmaram, se encontraram.
Piscar de olhos e sorrisos.
Não vá chorar.
Resista até a lágrima rolar.
Ela tem vida própria quando sai.
Desce pela face, escorrega pelo pescoço e se desfaz.
Sua mão a desmancha, segundos fatais.
Clap e os cílios se beijam.
Num pequeno e desprezado segundo, para que ninguém os vejam.
Encante-se, mas não vá pegar a lágrima pela mão.
Ela também tem a fúria no coração.
Seu sal faz parte das feridas.
Aquelas que vc julga esquecidas.
Clap e soam as notas musicais.
Não pense em nada mais.
Somente siga onde seus pés te levarem, sem calcular.
Esqueça os ideais de felicidade e solidão á pulsar.
Jogue o calendário no vento da desimportância.
Se entregue só as letras, a tua loucura poética.
A paixão da fonética.
A bestialidade, a incoerência, a grande pulgência.
Aquilo que pra vc tem enorme urgência.
O seu desejo único e ardente.
Clap.Sente.

5 comentários:

Natália A. disse...

Madame,

Esse é um dos mais lindos. ♥

'Se entregue só as letras, a tua loucura poética.
A paixão da fonética.
A bestialidade, a incoerência, a grande pulgência.
Aquilo que pra vc tem enorme urgência.
O seu desejo único e ardente.
Clap.Sente.'

Amanda Almeida. disse...

ADOREI!!!!
Me senti no teatro municipal assistindo a um lindo ballet....
AMEI!!!
Se me premitir, dia desses republicarei seus poemas. Posso??
Beijo cheio de saudade de você!!!!!!!!!!!!

Lina. disse...

Gostei!

"Clap. Os cílios se beijaram."

Sonoros são os estalidos de nossos cílios, quando produzem lágrimas. rs

Até.

Henrique disse...

Adorei, adorei, no meio tem um tempo estranho, você sabe. Mas a sonoridade, a riqueza de formas me faz justificar a criatividade no chá de cogumelo!

VOCÊ TOMOU CHÁ DE COGUMELO!

Anônimo disse...

concordo com herique
realmente vc ja tomou cha de cogumelo ^^