domingo, 28 de setembro de 2008

Lágrima

Lágrima furtiva.
Aos sentimentos meio fugitiva.
Meio incontrolável.
Lavável?!
Mágoas, feridas, o coração.
E depois?
Não sei, ora pois.
Injetar na veia.
Calmaria de paz desejante.
Pra durar mais que um instante.
Copo pela metade.
Como o desasossego que me invade.
Fôlego por um fio na hora que vem passar.
Dias e dias, calendário a desmontar.
Meio de pano, vinil e cetim.
Nada de boneca, música ou arlequim.
De pé insistentemente só pra provar.
O gosto da própria superação me faz salivar.
Artifícios de maldade disfarçada.
Ás vezes fico abalada.
Acredito no meu eu, força transmutada.
Lágrima insistente.
Se secar deixo de ser gente.
Corre.
Á vontade verbo permitir, escorre.

2 comentários:

Alê Periard disse...

Madame, fala e fala bem!

Beijos

Obrigada pela visita!

Alexandra Periard
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http://alexandraperiard.blogspot.com/

Henrique disse...

isso que dá não ter aceito meu convite pra tomar uma cachaça...rs

Imprexpressivo, seus poemas servem de inspiração para histórias de mil páginas...