Cada passo destinado a um horizonte desconhecido é como caminhar sem destino.
A mudança exercida sobre meus trilhos é arroubo repentino.
Sem escolha e sem felicidade tento aprumar meu destino.
Acreditando no inacreditável.
Suportando o inevitável.
Passos de um futuro ditado alheiamente promissor.
Coração triste, abatido, ferido, e suportando muita dor.
Pés que se julgavam firmes.
Hj se vêem como raízes.
Desesperados tentando sorver energia e força da mãe terra.
Pés comandantes de uma nova direção onde no passado só via guerra.
Novo olhar desabroxando sobre tantos escombros.
E um grande peso carrego infelizmente em meus ombros.
Dor inebriante de uma vida que escapou diante de mim.
Suplício que digo interiormente que um dia terá fim.
Sobraram cacos, onde juntarei aos farelos vividos dentro de um cantinho.
Respirar um novo começo que será contruído passo a passo, como um ninho.
Meus pés...
Passos que trilho pedindo ao superior que livre-me do revés.
Porque a dor é inevitável.
Mas a colheita é divina dos atos plantados nesse momento tão instável.
3 comentários:
Que maravilhoso poema minha querida...acho que devias publicar um livro...
Doce beijo
Recomeçar é sempre um bom começo..consciente, ainda q cuidadosamente, novos caminhos, novas formas de ser feliz...e sê feliz!
Bjoooo
O verso que mais gostei:
"Sem escolha e sem felicidade tento aprumar meu destino."
Me fez lembrar Cecília Meireles.
Muito bom!!!!!!!!!!!
Obrigada pela visita, coloquei um link de lá p/ cá.
Até mais...
Bjinhos
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