Riscando as folhas, inspiração perdeu-se.
Espero que volte.
A porta está entre aberta.
Ela sabe o caminho de volta, menina esperta.
Gosta de brincar.
Sabe que estou aqui a rabiscar.
Minhas folhas verde-uva
Alaranjadas nas gavetas.
Porcelana trabalhada nas maçanetas.
Livre acesso dela, menina inteligente.
Meio indulgente (é verdade)
Só me presenteia quando quer (bem á vontade)
Respiro melindrosa.
Não quero mostrar que estou receosa.
A porta ta se movimentando.
Somente o vento me enganando.
Espero que volte, minha menina.
Sabes o caminho, não demores.
Vivo de amores.
Guloseimas de dores.
Realidades (possíveis)
E frases cifradas. (impossíveis)
Preciso da profundidade do seu toque.
Antes que o silêncio me sufoque.
A porta ganha dimensão.
Ou são meus olhos ganhando amplidão?
Minha caneta tinteiro vai esmorecer.
Triste sem vc.
A lágrima preta vai pingar.
E o verde-uva vai borrar.
Posso somente desenhar.
Mas ainda assim não deixarei te esperar.
3 comentários:
Poesia leve, delicadeza aflorada...
Senti-me em "Coração de estudante" de Milton.
Beijão!
Até!
Pronto, voltei!! =)
Tb adoro falar da menina nos meus escritos, como se fosse eu me vendo de fora.
Sua inspiração ñ está nd perdida, acredite!!
BJinhos...(perdoe-me a ausência, aos poucos recuperarei minha assiduidade)
Ah, vou recomendar um blog de um amigo: http://www.todososlados.blogspot.com/
Frases cifradas e necessidade da profundidade do toque, fantástico, seus últimos dois poemas estão meio poeta do início do último século, madeiras, cigarros, portas, maçanetas, papeis velhos... Li eles todos em tom de Sépia... hauahuhauahua Beijo grande
Postar um comentário