Comecei querendo escrever a carta
Não importa a data
Continua ali intacta.
A lápis?A caneta?
Bico de pena com nanquim
Quero o glamour da tinta pra que não saia ruim.
Capricho na caligrafia
O texto não sai nem a revelia!
E a cor do papel?
Importante não transpassar meu gosto de fel
Também pudera
O fim foi ela que quisera.
Sucinto ou prolixo?
Arrependido ou orgulhoso?
Texto, texto, texto...
O papel continua em branco
Tentação pra ser muito franco.
Não...
E o merecimento?
Minhas noites de tormento?
Não e não.
Palavras duras
Vou destilar todas bem cruas.
E vejo ela bem aqui, nua (mero pensamento)
O sorriso avassalador (era o meu sustento)
Que faço eu com essa dor?!
Esse insuportável, enraizado.... amor.
Peço então a volta?
Mesmo cheio de revolta!
Maldito texto dos infernos!
Mas meus pensamentos ainda são ternos.
Escrevo nada então!
Mas e o meu coração?
Jogo no lixo
Vou viver que nem bicho.
Insano quase impassível
Diabos, nunca souber ser insensível!
Tudo por causa daquele (mal ou bem) dito encontro
Uma visão que fiquei tonto.
Mas o que eu to fazendo?!
Me arrependendo!!!!
É loucura demais
Mas sinto que perdi meu cais.
Não posso pensar que isso é o fim
É de todo ruim.
Então escrevo um verso famoso, pronto, de amor
Só paixão, sem nenhuma linha de dor.
Prefiro parecer idiota
Do quer o bater novamente daquela porta.
Também o que isso importa?!
Mas e minhas noites em claro?
Onde nem sequer falo!
Porque estou nesse duvidar?
Na verdade o importante é amar.
Mesmo que com um certo estranhar.
Preciso é parar de pensar
Desse jeito à tinta vai secar.
Texto,texto,texto
Será que escrever é a melhor saída?
Não quero que soe como recaída
Mas nem posso viver com tantas feridas.
Olheiras abatidas
Malditas foram aquelas palavras desferidas!!!!
Ódio ou ressentimento?
Nunca sei definir os sentimentos
E eu aqui querendo escrever uma carta!
3 comentários:
isso é hora?!?!?! rs, com certeza, beijos com potência!
ei, você é do rio de janeiro! Vamos nos conhecer qualquer dia?
eu vi no seu perfil ora!
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