Voltei a realidade poética.
A derramar minha doçura e meu fel.
Mesma medida.
Não sei o quanto cabe em mim.
Se pertenço a este ou aquele lugar.
Sei que sou das palavras.
E elas me possuem com fervor.
Estou despida para elas.
Cicatrizes expostas.
Sorrisos e lágrimas.
Simples e torturada.
Somos pertencentes.
Pedaços cheios de grunhidos.
Olhos silenciosos.
Não sei quem é esse pedaço.
De onde parte ou onde invade.
Voltei a manchar o branco.
Voltei a tal mundo.
A deitar minha agonia e meu amor.
Sem medida.
Não sei o quanto conter em mim.
Se adequação socorre.
Sei que palavras não morrem.
Mesmo quando tudo fenece.
No pó restará elas.
No céu pedaço delas.
Aparentes.
Complexas.
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