quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Boa sorte, Adeus.

Boa sorte,Adeus.
Vai valer a pena sair e não te olhar.
Fechar os olhos e simplesmente desaguar.
Desaguar vc dos pêlos.
Respirar, tentar seguir, passar a mão nos cabelos.
Alisar como se o próprio auto-carinho resolvesse.
Como se na morte realmente renascesse.
Boa sorte,Adeus.
Não te amo, aliás não sabemos o que é amar.
Só sabemos sentir o apaixonar.
O exagerado e desmedido derramar.
Vai valer a pena lamber as consequências do desejo?
Como o gosto do último beijo.
Quer-se mais e mais e nunca como fio de fim.
Vc quase chegou até mim.
Mas tua materialidade estúpida estragou.
Boa sorte,Adeus.
Acreditar não foi um errar alarmante.
E sim o meu desejar teu peito alucinante.
Teus olhos, tua boca, teu respirar.
Ah que loucura é o meu pensar!
Adeus.
Despeço-me dos olhos teus.
Como se o beijo trouxesse o breu.
Boa sorte.

2 comentários:

elder ferreira disse...

Quanta independência, vontade própria, liberdade, pura autonomia. São dessas mulheres que mais eu tenho medo.

Abraços raros.

Lina. disse...

"Ah, minha amada, que olhos os teus!
São cais noturnos cheios de Adeus!"



Lembrou-me Vinicius. =]