E a paz que me invade me assusta
To acostumada á revolução interna, ao conflito.
Gosto do arrepio do questionar.
E a falta de perguntas do meu eu
Esvazia-me e me assombra.
To acostumada a me interrogar
Gosto da dor e delícia de ser eu.
E o meu próprio olhar que fala
Agora não vê nada
To acostumada a observar mais que falar.
E a minha boca concisa
Agora está de fato muda sem vontade.
To acostumada a gostar da fala.
E o silêncio destroçante que me tomou
Faz-me assustar, pois estou gostando.
To acostumada a ocupar meus grandes espaços.
E esse momento sem nome definido
Ta me despindo lentamente
To acostumada demais às antigas vestimentas.
E o que acontece
É involuntário
To acostumada a controlar o curso do meu vento.
by Lalinha
Um comentário:
Como assim seu eu não fala!??! que eu mais falante, ele fala que não fala, e que está em silêncio e isso é muitaaaaaaaa coisa! É bonito. Qual é o problema do silêncio, da sombra? pior é ter certeza da luz e se escaldar no sol quente, e quanto encontra rio de água gelada ter um piripaque de choque térmico, rsrsrs... melhor a sombra, só um pouquinho pra desconçar, depois pega um sol até achar outra sombra, em outra arvore, ou outra marquize. ou marquise? seilá, beijão
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