quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Nem sei de mim

Nem sei de mim,
Dos segredos doídos sem fim.
Das suas metades enraizadas.
Das minhas elucubrações inacabadas.
Agarrei-me as possibilidades.
Criaturinhas minhas.
E assim saber só de mim.
Um minúsculo pedacinho que seja.
Algo que afaga e beija.
Que aquece e a pele vem marcar.
Entendo de cicatrizes.
Bebo razão lido com diretrizes.
Planos inacabados.
Ilusões em pó, sonhos terminados.
Nem sei de mim.
Quanto mais vc e seus fins.
Suas dobras, raspas e restos.
Sei somente do enredo.
Do frio na barriga, o medo!!
O querer-te roubando ar! 
O desejo que nem vinha bastar.
A risada entre beijo a nos gastar.
E a mim?
Que importa?
Vc derrubou barreiras e portas.
Marcou sua melodia.
Trouxe o sol no meu dia.
Não sei de mim,
Sinceramente nem quero saber.
Interessa-me somente o que seus olhos vão comer.
Aquilo que seu sorriso irá beber.
Vamos roubar pedaços simultaneamente.
Deixar até a paixão dormente!
A mim, o que vem te interessar?
Não deixe o resto afogar!
Cair no mal amar.
Sumir sem sem aviso, carta de adeus.
O fogo que mantém cessar.
Não sei de mim,nem queira saber.
Minha infinitude é o melhor para se ter.




domingo, 2 de fevereiro de 2014

Amor ordinário




Amor ordinário.
Quem irá aquecer as palavras frias não derramadas?
Todas as salivas amarradas.
Os nós presos e atados.
Seu amor não entra mais em combustão.
Estamos em outro estado.
Distâncias seguras.
Medos engavetados.
E o suspiro final?
Partir em mim ou de vc?
Nós já fomos sublimes.
Hj apenas ordinários, amor.
Quem irá devolver os pedaços não autorizados?
Aqueles arrancados pela paixão.
Calorosos nós, braços, pernas, olhos.
Fomos clichês em cada sorriso.
E agora a  ventania de outro estado.
Os sofrimentos constantes e sempre controlados.
Quero de volta a chama.
Tudo aquilo seu que me desmonta e derrama.
O nosso extraordinário.