terça-feira, 26 de maio de 2009

O fato.

Termina o novo ou fenece?
Envelhece.
Talvez.
Sim estou na minha vez.
Vendo beleza no caos.
O aprendizado nos maus.
A folhagem verde no concreto.
A sombra da luz no teto.
Onde começa ou reinicia?
Acontecia.
Sim a minha vez.
Talvez.
A batida estalada dos dedos.
A superação dos medos.
O silêncio deveras importante.
O livro,o papel, lápis na estante.
A conscientização das certezas.
As desimportâncias sobre a mesa.
Se começa ou morre não cabe imaginar.
Escrevo e me perco nesse viajar.
Isso sossega, vem bastar.
Sinto esse imenso prazer.
Sim,quero-te.
(Talvez)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Selinho

Ganhei esse selinho da fofa da Amanda, minha amiga Bob que eu adoro.
http://farelosdodia.blogspot.com/
Seguindo as seguintes regrinhas:
1- Dizer quem passou o selo e colocar o link da fofa.(ok)
2- Copiar e responder as perguntinhas.(taí embaixooo)
3- Escolher algumas amigas blogueiras e fofas.
Escolho as seguintes fofas:
Karlinha
http://kakaumoreno.blogspot.com/
Cel a minha flor do Hell
http://francaceleste.blogspot.com/
Ny!
http://nycinhaangel.blogspot.com/
4- Avisar as fofas que elas ganharam o selinho "A dona deste blog é uma fofa".
1. Mania: tenho muitas.
2. Pecado Capital: o favorito? pq cometo alguns...rs
3. Melhor cheiro do mundo: o da natureza.
4. Se dinheiro não fosse problema eu faria: a vida de algumas pessoas bem melhor.
5. Casos de infância: não fui muito arteira.
6. Habilidade como dona de casa:cuido bem da minha casa.
7. O que não gosta de fazer em casa: costurar e passar roupa.Odeio.
9. Frase: " Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
10. Passeio para a alma: Meditar e fazer yoga.
11.Passeio para o corpo:Caminhada.
12. O que me irrita: Gente grossa e sem educação.
13. Frase ou palavra que fala muito: "é isso mesmo?".
14. Palavrão mais usado: " taquiupariu".
15. Desce do salto e sobe o morro quando:alguém quer folgar comigo.
16. Perfume que usa no momento: Gió (Giorgio Armani).
17. Elogio favorito: " vc é muito interessante".
18. Talento oculto: poesia.
19. Não importa que seja moda, não usaria nem no meu enterro:calça saruel e cores neon.
20. Queria ter nascido sabendo: tantas coisas que nem sei...
21. Eu sou extremamente: eu.

Talvez

Cansarei talvez
De esperar os gestos gratuitos de amor.
De chorar de saudade com dor.
De sonhar, sonhar e sonhar.
Irei me resguardar.
Nos líricos personagens de folhetim.
Criarei asas como um querubim.
E voar, voar e voar.
Perderei-me quiçá.
Nas cenas ternas dos filmes franceses e italianos.
Engolirei tempo e assim terei mil anos.
Talvez fuja do cansar.
Esperando ele envelhecer e nunca me alcançar.
É talvez...
Talvez seja eu só um risco no vinil, um grunir.
Aquele que não basta ouvir, precisa sentir.
Talvez não baste só existir.
Quem sabe seja eu um suspirar.
Aquele depois do prazer e não de cansar.
Um revoar de cheiro que o vento vem soprar.
É talvez..
Mas eu não seria tanto poetizar.
Permito-me apenas imaginar.
Porque depois cansarei.
Talvez.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Preenchida

Sou preenchida de solidão.
E todo mundo tem o seu quinhão.
(Se engane não)
Felicidade é como rastro de bala.
Em algum canto de vc faz sua ala.
Tenho a quantidade interminável de infinitude.
E a (necessária) quantidade de solitude.
Que aparece de forma absolutamente dissolúvel.
Pouco a pouco no meu olhar.
Tem que saber observar.
Que solta o doce o amargo no céu da boca.
Sou rarefeita de uma pastilha sentimental.
Que mastigo, abasteço-me, e nunca deixo de querer.
Meu mel e meu sal!
Sou preenchida de melodias.
Que me invadem noite e dia.
A tal praga que me afaga a pele.
Que sem elas certamente morreria.
Sou pré enchida.
De coisas que amortecem as batidas.
Que curam as feridas.
De mãos que me levantam em cada caída!
Estou completa de mim mesma.
Sou capaz de lamber-me igual gata.
Como se fosse inteiramente grata.
Tenho a oportunidade de ser.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Queria

Queria seguir assim.
Andar, dirigir, navegar sem um fim.
Destino pra quê?
Olhar e sentir, e ter.
Queria sentir a corrida.
O vento, o horizonte.
A fuligem na ferida.
A sessenta.
Observar o desimportante.
E a fitinha toca no meu estante.
Jazz.
Queria ser tocada assim.
Por algo que não tivesse fim.
Gente pra quê?
Palavras soltas e o livro são melhores.
O composto saído da boca são por menores.
Sou uma transeunte nessa jornada.
Minha dor ás vezes é falada.
A cem.
Chorar nem vem acobertar.
E declaro meu amor.
Jazz.
Queria tantas absurdas.
Que minhas preces ficaram surdas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

É.

Dedo na corda do violão.
É.
Aquela, exatamente, "a canção".
O café ventila o ar.
Olho pras notas desse meu desaguar.
Mãos dadas á melancolia.
De dia morria, a noite ardia.
(...)
O cheiro do revoar.
O nascer daquele dia a clarear.
Mas a corda não anuncia.
Só mostra o que de leve ardia.
Apaga, cala.
É.
Como o vazio da sala.
Que não vem nunca incomodar nem preencher.
Tá ali, quieto, a te remoer.
(...)
Que o redondo pare de girar.
Estabilize e esvazie pra eu poder passar.
Não estou mais a procurar.
Grito o desejo impossível.
Aquietar.
Não quero esse querer.
Mas a poesia precisa arder.
(...)
Rompe-se a corda da canção.
É.
Aquela, exatamente, do meu coração.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ligação

Alô?
Eu liguei pra dizer que saia de mim.
Escreva o necessário fim.
Me xingue, despeje um enraivecer.
Preciso desse contaminar pra me perder.
Diga que sou desnecessária.
Que me julgo como várias!!!!
Fale pra magoar e não doer.
De resto ainda é prazer.
Eu liguei pra dramatizar.
Vc conhece o meu encenar.
Não fique excitado.
Seja cruel, fique pulsantemente calado.
Não deixe eu sentir nenhum tremer.
Isso sim vai me abater.
Te liguei pra engolir vazios.
Alô?
Vc ainda está aí?
E se eu disser que te quero aqui...
Não, é um arroubo, esqueça.
E do meu desejo se desmereça.
Ele queima como brasa incandescente.
Mas tonteia algumas mentes.
Não queira tocar.
Deixe apenas eu falar...
Olha, vou desligar.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pensando em vc.

Pensando em vc.
Descobri que não é vc.
É o sentimento que move-me.
É o gostinho da ansiedade.
É o arrepio só de pensar.
Aquele suspiro dizendo hummmm.
Pensando em vc.
Descobri que não quero te ter.
Preciso é do que abala-me.
Mas ao mesmo tempo acolhe-me.
Aquele segudinho dito único.
Pensando em vc.
Vi que não quero vc.
É que sou viciada na turbulência da paixão.
O gostar que sacode com força minha emoção.
O tremer do estômago.
O sorriso preso no rosto.
O correr dos ponteiros sem notar.
O estímulo que me faz vibrar.
Preciso disso, não de vc.
Pensando bem....
Cadê vc?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tal qual a Rita.

A inspiração fugiu-me.
Olho pra vc, pro papel, pra tinta...
Inspiração cansou dos meus vícios.
Tô rasteira, tô rasa.
Espero, espero...
Acontecimentos roubantes.
Quero assaltos sentimentais.
Perder-me num sorriso malicioso.
Não ligar pro ridículo do desejo.
Fechar os olhos naquele beijo.
A inspiração está por aí.
Tal qual a Rita.
Deixou-me as músicas.
O copo trato eu de encher.
Ah....vem aqui me remexer.
Quero vc de volta.
Sem batidas suaves na porta.
Solavancos de encontros.
Como sempre no ponto.